12 abril 2011

SOBRE UMA DOAÇÃO DE LIVROS CONSCIENTE

Achei esse texto muito pertinente no http://www.blogdogaleno.com.br/texto_ler.php?id=9741&secao=13 e decidi compartilhar com vocês também. Boa leitura!

Doe livros como se fossem presentes


Luciano Antonio Alves - 07/04/2011
Quando o assunto é doação de livros, dentro de Unidades de Informação, muitos dos que lá atuam ficam temerosos. Esse parece ser mais um dos assuntos que tiram o sono de quem trabalha principalmente em Bibliotecas Públicas.
Nas situações em que a pessoa vai fazer a doação, já chega até o balcão da biblioteca com uma caixa cheia de livros e com o seguinte discurso: – Estou de mudança nesta semana, por isso fiz uma “limpa” nas estantes lá de casa e resolvi doar para a biblioteca. Vocês aceitam? E agora? Que dilema! Caso não haja critérios para o recebimento de doações espontâneas, vindas da comunidade, pode-se instalar aí um grande caos.

Vejamos: quando o sujeito chega dizendo que fez aquela famosa “limpa” nas estantes, é porque a coisa é mais feia do que parece. E ele não está brincando, não! Nesta ação ele limpou também muita poeira, fungos, insetos e muitos livros em desuso. É claro que a intenção, em geral, é das melhores, mas muitas vezes a pessoa nem se dá conta do que está fazendo. Afinal, ela quer melhorar as condições do acervo da biblioteca do seu município, ou quer apenas se desfazer de um entrave?
Seja qual for a intenção, o que precisa ficar claro é que o ato de doar deve ser um ato de desprendimento daquilo que se gosta. Ou seja, só vou doar aquilo que eu gostaria de receber como presente.

Com certeza ninguém iria doar uma roupa rasgada, um brinquedo quebrado ou comida estragada a alguém, ou iria? Nunca se sabe. O que precisa ficar claro é que com os livros deve ser a mesma coisa. Não se deve doar livros caindo aos pedaços, desatualizados ou infestados por cupins, brocas, traças e outras coisinhas mais. Tudo isso para lembrar que ao receber este tipo de doação, os funcionários de uma biblioteca utilizam uma boa parte do seu precioso tempo de trabalho para selecionar e descartar muitos materiais.

De uma maneira geral, o que sobra é um ou outro livro que se ajusta ao acervo da biblioteca. No entanto, nem tudo são lamentações, existem aquelas doações que dá gosto de se ver. O cidadão, preocupado com a qualidade do acervo da sua Biblioteca Pública, seleciona os livros que deseja doar e até mesmo liga antes para saber como proceder nestes casos. Os livros encontram-se em excelentes condições e o melhor, podem ser doados a outras intuições (bibliotecas comunitárias, por exemplo) caso não sejam pertinentes ao acervo da biblioteca. Então, lembre-se: ao decidir doar livros ou qualquer outro tipo de suporte (CD´s, DVD´s, dentre outros) a qualquer biblioteca que seja, doe aquilo que você gostaria de ganhar como presente de aniversário, combinado?

* Luciano Antonio Alves é bibliotecário na Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin – Joinville/SC.

05 abril 2011

Sesc abre espaço para leitores e novos escritores

ESSA DICA VAI ESPECIALMENTE PARA OS PAULISTANOS:


FONTE: PublishNews - 16/03/2011

O Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195. São Paulo/SP. Tel.: 11 3095-9400 11 3095-9400) está desenvolvendo o projeto Escritores de Quinta, um espaço voltado para a apresentação, crítica, debate e produção literária multimídia.

Realizado mensalmente, sempre em uma quinta-feira, tem curadoria dos escritores Bruno Cobbi, Edson Rossatto e Nelson de Oliveira.

O foco é a reflexão crítica sobre o trabalho de novos escritores e os modos e meios como a literatura é produzida na atualidade. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo telefone 11 3095-9492 11 3095-9492 (a partir do meio-dia).

A próxima edição do Escritores de Quinta acontece neste dia 17 de março, das 19h30 às 22h.





04 abril 2011

SCHOPENHAUER E O OFÍCIO DO ESCRITOR

Atualmente estou lendo um livro de Schopenhauer entitulado "O Ofício do Escritor". Neste livro encontram-se reunidos vários textos de Schopenhauer que tratam sobre: o estilo do escritor e o estilo; da leitura e dos livros; da língua e das palavras.

Já nas primeiras páginas percebemos o tom que ele dará ao livro todo:

"Antes de tudo, há dois tipos de escritor: os que escrevem por amor do assunto e os que escrevem por escrever. Aqueles tiveram idéias ou fizeram experiências que lhes parecem dignas de ser comunicadas; estes precisam de dinheiro, e por isso escrevem, por dinheiro. (...) Sendo assim, pode-se logo notar que escrevem para preencher o papel (...) Tão logo o percebemos, devemos nos desfazer do livro, pois o tempo é precioso. (...) Só quem é movido exclusivamente pela causa que lhe interessa escreve o que é digno de ser escrito. Que ganho inestimável haveria se em todas as áreas de uma literatura existissem apenas poucos, mas primorosos livros. Entretanto, nunca se chegará a esse ponto enquanto houver honorários a lucrar. (...) Portanto, confirma-se também aqui o provérbio espanhol: honra y provecho no caben en un saco (honra e dinheiro não cabem no mesmo saco). "
*O que caracteriza os grandes escritores (no gênero mais elevado), bem como os artistas,e, portanto, é um traço comum a todos eles, é o fato de levarem a sério o que fazem: todos os outros só se preocupam com as vantagens e o lucro.

Schopenhauer.

Ao longo da leitura, postarei novos trechos que julgar interessante. Comentem!