Achei esse texto muito pertinente no http://www.blogdogaleno.com.br/texto_ler.php?id=9741&secao=13 e decidi compartilhar com vocês também. Boa leitura!
Doe livros como se fossem presentes
Luciano Antonio Alves - 07/04/2011
Quando o assunto é doação de livros, dentro de Unidades de Informação, muitos dos que lá atuam ficam temerosos. Esse parece ser mais um dos assuntos que tiram o sono de quem trabalha principalmente em Bibliotecas Públicas.
Nas situações em que a pessoa vai fazer a doação, já chega até o balcão da biblioteca com uma caixa cheia de livros e com o seguinte discurso: – Estou de mudança nesta semana, por isso fiz uma “limpa” nas estantes lá de casa e resolvi doar para a biblioteca. Vocês aceitam? E agora? Que dilema! Caso não haja critérios para o recebimento de doações espontâneas, vindas da comunidade, pode-se instalar aí um grande caos.
Vejamos: quando o sujeito chega dizendo que fez aquela famosa “limpa” nas estantes, é porque a coisa é mais feia do que parece. E ele não está brincando, não! Nesta ação ele limpou também muita poeira, fungos, insetos e muitos livros em desuso. É claro que a intenção, em geral, é das melhores, mas muitas vezes a pessoa nem se dá conta do que está fazendo. Afinal, ela quer melhorar as condições do acervo da biblioteca do seu município, ou quer apenas se desfazer de um entrave?
Seja qual for a intenção, o que precisa ficar claro é que o ato de doar deve ser um ato de desprendimento daquilo que se gosta. Ou seja, só vou doar aquilo que eu gostaria de receber como presente.
Com certeza ninguém iria doar uma roupa rasgada, um brinquedo quebrado ou comida estragada a alguém, ou iria? Nunca se sabe. O que precisa ficar claro é que com os livros deve ser a mesma coisa. Não se deve doar livros caindo aos pedaços, desatualizados ou infestados por cupins, brocas, traças e outras coisinhas mais. Tudo isso para lembrar que ao receber este tipo de doação, os funcionários de uma biblioteca utilizam uma boa parte do seu precioso tempo de trabalho para selecionar e descartar muitos materiais.
De uma maneira geral, o que sobra é um ou outro livro que se ajusta ao acervo da biblioteca. No entanto, nem tudo são lamentações, existem aquelas doações que dá gosto de se ver. O cidadão, preocupado com a qualidade do acervo da sua Biblioteca Pública, seleciona os livros que deseja doar e até mesmo liga antes para saber como proceder nestes casos. Os livros encontram-se em excelentes condições e o melhor, podem ser doados a outras intuições (bibliotecas comunitárias, por exemplo) caso não sejam pertinentes ao acervo da biblioteca. Então, lembre-se: ao decidir doar livros ou qualquer outro tipo de suporte (CD´s, DVD´s, dentre outros) a qualquer biblioteca que seja, doe aquilo que você gostaria de ganhar como presente de aniversário, combinado?
* Luciano Antonio Alves é bibliotecário na Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin – Joinville/SC.
Doe livros como se fossem presentes
Luciano Antonio Alves - 07/04/2011
Quando o assunto é doação de livros, dentro de Unidades de Informação, muitos dos que lá atuam ficam temerosos. Esse parece ser mais um dos assuntos que tiram o sono de quem trabalha principalmente em Bibliotecas Públicas.
Nas situações em que a pessoa vai fazer a doação, já chega até o balcão da biblioteca com uma caixa cheia de livros e com o seguinte discurso: – Estou de mudança nesta semana, por isso fiz uma “limpa” nas estantes lá de casa e resolvi doar para a biblioteca. Vocês aceitam? E agora? Que dilema! Caso não haja critérios para o recebimento de doações espontâneas, vindas da comunidade, pode-se instalar aí um grande caos.
Vejamos: quando o sujeito chega dizendo que fez aquela famosa “limpa” nas estantes, é porque a coisa é mais feia do que parece. E ele não está brincando, não! Nesta ação ele limpou também muita poeira, fungos, insetos e muitos livros em desuso. É claro que a intenção, em geral, é das melhores, mas muitas vezes a pessoa nem se dá conta do que está fazendo. Afinal, ela quer melhorar as condições do acervo da biblioteca do seu município, ou quer apenas se desfazer de um entrave?
Seja qual for a intenção, o que precisa ficar claro é que o ato de doar deve ser um ato de desprendimento daquilo que se gosta. Ou seja, só vou doar aquilo que eu gostaria de receber como presente.
Com certeza ninguém iria doar uma roupa rasgada, um brinquedo quebrado ou comida estragada a alguém, ou iria? Nunca se sabe. O que precisa ficar claro é que com os livros deve ser a mesma coisa. Não se deve doar livros caindo aos pedaços, desatualizados ou infestados por cupins, brocas, traças e outras coisinhas mais. Tudo isso para lembrar que ao receber este tipo de doação, os funcionários de uma biblioteca utilizam uma boa parte do seu precioso tempo de trabalho para selecionar e descartar muitos materiais.
De uma maneira geral, o que sobra é um ou outro livro que se ajusta ao acervo da biblioteca. No entanto, nem tudo são lamentações, existem aquelas doações que dá gosto de se ver. O cidadão, preocupado com a qualidade do acervo da sua Biblioteca Pública, seleciona os livros que deseja doar e até mesmo liga antes para saber como proceder nestes casos. Os livros encontram-se em excelentes condições e o melhor, podem ser doados a outras intuições (bibliotecas comunitárias, por exemplo) caso não sejam pertinentes ao acervo da biblioteca. Então, lembre-se: ao decidir doar livros ou qualquer outro tipo de suporte (CD´s, DVD´s, dentre outros) a qualquer biblioteca que seja, doe aquilo que você gostaria de ganhar como presente de aniversário, combinado?
* Luciano Antonio Alves é bibliotecário na Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin – Joinville/SC.
4 comentários:
De fato acredito que o bom senso é uma primeira atitude. Como o autor colocou, devemos doar o que gostariamos de ganhar. Muitas pessoas acham que as bibliotecas são depositos de coisas velhas, um "lixão" que receberá qualquer tipo de material, indiferente do que se trate. Mas é claro que não se trata disso, uma biblioteca tem um direcionamento, precisando ter um acervo bom, versando entre obras clássicas antigas, que não são mais encontradas para compra, mas também tendo coisas atuais e em bom estado. Uma coisa que é complicada é o fato de que muitas vezes, ganhamos livros que nunca iremos estudar, ai por "bom senso" agradecemos o presente e colocamos na prateleira. E depois de décadas temos prateleiras de livros que nunca abrimos. E agora doar? Jogar fora? Enfim, cabe lembrar as pessoas que gostam de dar-nos livros: tenham bom senso de que quem gosta de livros não quer dizer que gosta de qualquer livro.
Parabens pela postagem. Muito interessante o apontamento do Texto.
TOm.
Olá!
Já estou te seguindo!
Adorei te conhecer...
Beijos!
Muito pertinente seu comentário Fran.
Minha mãe tem uma biblioteca em casa , quase 5 mil livros.
Para quem gosta de ler, é como chegar no paraíso, me arrependo de quando era pequena e não gostava de ler...quanta coisa eu perdi...mais como Deus é bom!!! adiquiri o gosto pela leitura a tempo...e hoje sou devoradora de livros.
Muito legal seu blog Fran , já estou te seguindo!
lihh
Olá Francine
Seu blog alerta para temas importantes sobre a doação de livros.É com certeza algo que ainda
necessita de conscientização por
toda a sociedade.
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